Consultados
pelo DCI, eles dizem que a falta de atenção na hora de digitar e de
declarar pagamentos ou recebimentos são os principais motivos de erro no
Imposto de Renda (IR) que levam à malha fina.
"Cair na malha significa que tem alguma coisa errada, alguma
informação não está batendo, o que nada mais é do que inconsistência de
dados ou falta de informação, mas que em um caso ou outro pode resultar
em pagamento de imposto ou redução de descontos. É preciso ter muita
atenção e não se esquecer de nada. Se por acaso eu errar na digitação,
inclusive se eu inverter centavos, já não bate com os dados da receita e
fica na malha fina, por exemplo", ressalta Welinton Mota, diretor tributário da Confirp Consultoria.
Segundo dados da Receita Federal, 617.695 pessoas permaneceram retidas na malha fina,
sendo 29,3% por omissões de rendimentos, 24% por dedução de despesas
com previdência, 21% por despesas médicas, 7,1% pela não comprovação de Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF) ou ausência de Declaração de Imposto de Renda Retido na Fonte (DIRF) , 5,6% por omissão de rendimentos de alugueis e 5,3% por pensão alimentícia com indícios de falsidade.
De acordo com Antônio Teixeira Bacalhau, consultor da IOB Sage, o
acompanhamento do processo é o passo principal para conseguir retificar a
declaração caso haja alguma pendência e, assim, não precisar pagar
multas e impostos.
"O ponto principal é que é importante o contribuinte sempre
acompanhar, no site da receita, como está a situação dele. Com os
últimos recibos do fisco e o CPF dele, ele consegue o código de acesso
e, com ele, vê todas as declarações dos últimos anos. Se tiver em
processamento, não precisa se preocupar porque é um dado que a Receita
ainda não analisou completamente. Mas se ele tiver alguma pendência vai
aparecer. A partir de então, ele clica para ver o que está pendente e
confere os dados digitados com os dos comprovantes que ele tem. Se
estiver divergente, ele poderá fazer a retificadora, colocando o dado
correto e enviando para entrar em processo novamente", diz.
"Ela só precisa acompanhar a retificadora e continuar consultando.
Enviar e verificar se a solicitação foi ou não processada. Se foi, é só
aguardar. Para a receita, uma retificação é suficiente e vai corrigir
qualquer inconsistência, mas é preciso não só fazer a retificação, mas
continuar consultando o extrato", conclui Sônia Rodrigues, sócia do
escritório Choaib, Paiva e Justos Advogados.
Dependentes
Em relação aos dependentes, a atenção deve ser redobrada. O gerente
de impostos da Ernst & Young, Estevão Vieira, diz é preciso uma
análise da situação para identificar qual situação é mais vantajosa.
"Às vezes os pais estão acostumados a declarar os filhos como
dependentes, mas a partir do momento em que eles começam a estagiar ou
trabalhar e recebem rendimentos, é necessária uma análise mais detalhada
sobre se vale a pena declará-lo ainda como dependente para você usar a
parcela dedutível do imposto ou se passaríamos para o cenário onde o
filho fazer uma declaração separada seria mais vantajoso", analisa
Vieira.
"Às vezes, vale a pena até colocar a criança com pensão alimentícia,
por exemplo, em uma declaração separada. Em 99% das vezes essa situação é
mais econômica, porque ainda que o valor seja baixo, por ser tributada,
quando junta à declaração da mãe, é capaz de gerar um imposto maior a
ser pago. Precisa fazer a conta e saber que não tem idade para fazer
declaração", conclui a advogada Sônia Rodrigues.
Texto confeccionado por: Isabela Damasceno
Fonte: DCI
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