Desde há
muitos milênios até hoje, o processo de atribuir preço sofreu inúmeras
alterações. O preço já foi determinado sem critérios científicos,
tabelamentos propostos pelo governo ou órgãos de classe, repasse dos
custos mais a margem de lucro, um pouco abaixo do preço ofertado pela
concorrência, com base no valor percebido pelo cliente, “chutômetro” e
tantas outras formas que determinavam e/ou ainda determinam o preço da
mercadoria, produto ou serviço.
Mais recentemente o que está na moda é o método “quanto você quer
pagar”, ou seja, o consumidor decide o preço que deseja pagar, para isto
as vezes é informado o custo. Encontramos neste ramo, inclusive no
Brasil, alguns restaurantes e os resultados vão desde aproveitadores até
pessoas que reconhecem valores mais altos aos pratos. Não acredito que
este método funcione para todas as atividades, mas em algumas delas e
por determinado período pode ser importante para atrair a atenção da
mídia e dos clientes.
Normalmente os clientes enxergam maior valor no preço, isto é,
adquirem aquele que tem o menor preço. Mas valor e preço são sinônimos?
Não, são bem diferentes. O preço está na etiqueta do produto ou serviço,
é a expressão monetária desejada em troca do bem. O valor, por sua vez,
varia de pessoa para pessoa, pois depende do grau de necessidade, da
satisfação e da utilidade para cada um.
Já deve ter acontecido com você. Diante da dificuldade em encontrar
uma mercadoria, o preço torna-se irrelevante no momento em que a mesma
está diante dos seus olhos, pois seu valor é reconhecido. Nestes casos
diz-se que o combustível custou bem mais do que a própria mercadoria.
Na maioria das vezes, o vendedor é culpado pelo fato do cliente
desejar sempre o menor preço. É ele quem ensina aos consumidores que o
preço dele é o melhor, quando o correto seria apresentar, primeiro, os
benefícios gerados e provar que estes são maiores do que o preço
praticado, inclusive se comparados aos custos/benefícios ofertados pelo
concorrente.
Esta ‘desvalorização’ incide com maior frequência quando o produto ou serviço é uma commodity.
Commodities são produtos ou serviços com
características uniformes. O termo, mais adotado para minerais e
agricultura, também designa serviços percebidos pelo cliente com grande
semelhança, motivo pelo qual deseja pagar o menor preço possível.
Para que o serviço ofertado pela sua empresa não seja considerado uma commodity é necessário informar claramente quais são os diferenciais existentes em relação aos demais que parecem ser iguais.
O cliente de quem não consegue informar os valores do
serviço ou produto certamente pagou o menor preço. Quem consegue
demonstrar claramente os benefícios que diferem o seu produto ou serviço
dos mesmos oferecidos pelo mercado tem grande chance de reconhecimento
dos valores da sua empresa. Se você é um destes, parabéns! Você acaba de
conquistar mais um cliente!
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