A
Receita Federal do Brasil, o Ministério Público Estadual, por
intermédio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado -
Gaeco e da Promotoria de Justiça de Cachoeiro de Itapemirim, a
Secretaria de Estado da Fazenda - Sefaz-ES e a Polícia Militar
deflagraram nesta terça-feira (10/11) a Operação Âmbar, para
desarticular organização criminosa suspeita de sonegação fiscal
milionária no setor de rochas ornamentais em Cachoeiro de Itapemirim
(ES).
Buscas
estão sendo efetuadas nas empresas beneficiárias e nas residências dos
operadores do esquema. Foram expedidos pela 4ª Vara Criminal da Justiça
Estadual de Cachoeiro de Itapemirim 14 mandados de prisão e 15 mandados
de busca e apreensão. Participam da
operação 18 servidores da Receita Federal, sete promotores de Justiça,
20 servidores da Sefaz e 35 policiais militares do Gaeco.
As
investigações tiveram origem em trabalho de prospecção desenvolvido
pelo Laboratório de Tecnologia Contra a Lavagem de Dinheiro da Receita
Federal (LAB-LD/RFB) e em ações dos fiscos federal e estadual que, a
partir de cruzamento de dados fiscais, identificaram fortes indícios de
crimes contra a ordem tributária em empresas com elevada emissão de
notas fiscais sem o correspondente pagamento dos tributos devidos. Com a
participação do Gaeco, passaram a ser apurados, em tese, a prática dos
crimes de sonegação fiscal, organização criminosa, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro.
Entenda o caso:
A fraude
consistia na utilização de empresas de fachada para emissão de notas
fiscais que lastreavam operações de venda de mármore e granito para todo
o território nacional. O esquema era capitaneado por um grupo de
operadores que recebia comissões de empresários locais a fim de
ocultá-los nas operações de compra e venda, transferindo suas obrigações
tributárias a empresas laranjas.
Fraude pode superar R$ 1,5 bilhão
As
autoridades fiscais estimam que o faturamento total oculto pelas
empresas participantes do esquema criminoso supere R$ 1, 5 bilhão nos
últimos cinco anos.
O
prejuízo aos cofres públicos do estado e da União está sendo levantado
pelas instituições. A Receita Federal e a Sefaz-ES já iniciaram
diligências nas empresas investigadas e fiscalizarão outras empresas que
apresentarem indícios de sonegação fiscal semelhantes.
A operação foi batizada Âmbar
porque muitas pessoas têm a falsa noção de que tal substância é uma
espécie de rocha, quando na verdade é um fóssil vegetal de cor
predominantemente laranja, características que se encaixam no objeto da
investigação, qual seja, combater a emissão de notas
fiscais falsas por empresas constituídas por “laranjas”, para acobertar
operações mercantis no setor de rochas ornamentais.
O
delegado-adjunto da Receita Federal em Vitória participará de entrevista
coletiva às 11 h na sede do Ministério Público Estadual em Cachoeiro de
Itapemirim (ES), à Rua Araraquara - s/n, Cachoeiro de Itapemirim - ES, quando será apresentado um balanço da operação. Outras
informações poderão ser obtidas junto à Assessoria de Comunicação
(ASCM) do Ministério Público Estadual, pelos telefones: (27) 3194-4800 e
3194-4801; junto à Sefaz-ES, pelos telefones:
(27) 3636-3874/ (27) 3636-3877, e junto à Delegacia da Receita Federal
no ES, pelo telefone: (27) 3211-5192.
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