Os trabalhadores foram encontrados em duas pastelarias, sem carteira assinada e com jornadas extensivas de trabalho
Da Redação (Brasília) – Auditores
fiscais do Ministério do Trabalho e Previdência Social libertaram nesta
terça-feira (16) quatro chineses em situação de trabalho análogo ao de
escravo, na cidade do Rio de Janeiro. Eles trabalhavam em duas
pastelarias na Vila da Penha, zona norte da capital, sem carteira
assinada e com jornadas extensivas de trabalho. Havia ainda indícios de
que eles dormiam no local.
Essa é a segunda vez em menos de 30 dias
que chineses são libertados. No final de janeiro, cinco trabalhadores
foram encontrados na mesma condição, também em pastelarias no Rio. De
acordo com o superintendente regional do Ministério no estado, Robson
Leite, as duas auditorias realizadas fazem parte de uma operação
especial chamada Yulin, organizada especialmente para identificar esse
tipo de situação. “O combate ao trabalho infantil e ao trabalho escravo é
prioridade do governo federal e do Ministério. A Superintendência do RJ
vai intensificar essas operações”, garante.
Os chineses libertados foram levados
para a sede da Superintendência, onde deram depoimento sobre as tarefas
que executavam e as condições em que viviam no Brasil, e tiveram a
emissão dos documentos trabalhistas encaminhados. Nenhum deles falava
português e foi preciso a ajuda de um tradutor. “Com base no que
identificamos no local e no que esses trabalhadores disseram, autuamos e
multamos as empresas. Agora os casos vão para o Ministério Público, que
irá investigar os possíveis crimes cometidos.”
Além de pagar as multas, as pastelarias
serão obrigadas a regularizar a situação dos chineses. Também deverão
pagar todas as indenizações referentes ao período em que eles
trabalharam sem documentação, que varia entre um e dois anos.
Disque 100 – O
superintendente pede que a população denuncie quando suspeitar de
trabalho escravo ou análogo à escravidão em algum local. Basta ligar
para o Disque 100, o serviço do governo federal que recebe denúncias de
violações aos direitos humanos no país. A ligação é gratuita, pode ser
feita em qualquer horário e é garantido o anonimato de quem denuncia.
Informações para a Imprensa
(61) 2031-6537- acs@mte.gov.br
Ascom MTPS / Trabalho
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